sábado, 24 de dezembro de 2011

Solução para o problema “A avenida complicada”


A resolução passa pelo mesmo preenchimento da coluna do meio (3.ª coluna) que terá sempre de ter a seguinte sequência: Vermelho/Volkswagen/Pepsi-cola/Coelhos/Mexicano.
A solução para cada uma das outras colunas é sempre a mesma, mas as colunas podem trocar de ordem. 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Mensagens/Passatempos de Natal da disciplina de OTET - 10_C


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Módulo 2


Curso Profissional de Técnico de Turismo
Operações Técnicas em Empresas Turísticas (OTET) – 10.º Ano - Módulo n.º 2 – A Organização da Indústria Turística – Tipologia - 32 Tempos
Este módulo pretende dar a conhecer ao aluno a forma como a Indústria do Turismo se encontra organizada quer a nível nacional, quer a nível internacional. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT) o turismo figurou como um fenómeno económico e social dos mais importantes do século XX, situação que se deverá manter no século que agora se iniciou. Neste contexto, o aluno deverá ser capaz de entender a organização do turismo segundo as suas duas vertentes principais: a vertente institucional, onde o Estado tem um papel importante na definição de políticas e no apoio à promoção do destino e a vertente empresarial, que consiste no papel que os privados têm na construção, promoção e comercialização dos destinos e produtos turísticos.
A abordagem sistémica que se pretende fazer neste módulo, vai ter em consideração a complexidade das interações dos elementos do sistema, não descurando o aspeto e dimensão do processo de decisão e planeamento.

Objetivos de Aprendizagem

Ø  Identificar o turismo enquanto sistema composto por sub-sistemas;
Ø  Sujeito turístico (o turista/o cliente);
Ø  Objeto turístico (empresa turística, localidade turística, organização turística);
Ø  O sistema económico, social e político legal.

Âmbito dos Conteúdos

1. Organização institucional do Turismo
1.1. Organizações Internacionais;
1.2. Organizações Nacionais;
1.3. O papel da União Europeia e o Turismo
1.4. O papel da Organização Mundial do Turismo
2. A Política Nacional do Turismo
2.1. Diagnóstico e perspetivas
3. Entidades reguladoras do setor
4. Formas de Organização da Indústria do Turismo em Portugal.
Nota: consultar o manual fornecido pelo professor da disciplina.
Exercícios propostos para o módulo:
Exercício 1 - Responda às seguintes questões:
a)     Indique três instituições internacionais ligadas ao turismo e, sucintamente, exponha de que forma estão ligadas a essa área;
b)    Apresente a missão e os objetivos do Turismo de Portugal, IP;
c)     Indique as cinco áreas regionais que refletem as NUT II.
  (Data limite de entrega 12 de dezembro de 2011)
Exercício 2 - Responda às seguintes questões:
a)     Explique como é feita a promoção externa do país no que toca ao turismo;
b)    Refira as sete agências regionais;
c)     Apresente as seguintes instituições utilizando para cada uma delas um texto com 150 a 200 palavras. O texto deve obedecer a (Times New Roman, tamanho 12, justificado e espaço 1,5) a enviar para o mail do professor e a entregar em papel (manuscrito ou impresso)
  (Data limite de entrega 12 de dezembro de 2011)
Exercício 3 – Tenha em conta os seguintes “Fatores que favorecem o desenvolvimento do turismo”: a) Condições naturais; b) Condições climatéricas; c) Elevado grau de competitividade em termos de preços; d) Sentido de hospitalidade do seu povo e e) Peculiaridade da sua cultura. Dê a sua opinião utilizando um texto com 200 a 250 palavras. O texto deve obedecer a (Times New Roman, tamanho 12, justificado e espaço 1,5) a enviar para o mail do professor e a entregar em papel (manuscrito ou impresso)

Exercício 4 – a) Tenha em conta as linhas de orientação estratégica que sustentam os cinco eixos estratégicos que estudou. Escolha dois dos onze projetos que lhe estão associados e que permitem a implementação dessas linhas estratégicas (para o efeito recorra ao documento em pdf que lhe foi fornecido). Caracterize-os utilizando um texto com 300 a 350 palavras; b) Explique os objetivos dos 11 projetos de implementação Os textos devem obedecer a (Times New Roman, tamanho 12, justificado e espaço 1,5) a enviar para o mail do professor e a entregar em papel (manuscrito ou impresso) (Data limite de entrega 12 de dezembro de 2011).
Exercício 5 – a) Descreva, por palavras suas, as atribuições do Turismo de Portugal, IP. ; b) Apresente, resumidamente, a política nacional do turismo; c) Apresente, sucintamente, o Turismo de Portugal, IP. Os textos devem obedecer a (Times New Roman, tamanho 12, justificado e espaço 1,5) a enviar para o mail do professor e a entregar em papel (manuscrito ou impresso) (Data limite de entrega 12 de dezembro de 2011).
Exercício 6 – Descubra o que significam as siglas mais conhecidas relacionadas com a área do turismo: ADETURN/AIA/AICEP/ANA/ANAM/APAVT/APECATE/ARPT
  (Data limite de entrega 12 de dezembro de 2011)
/BP/CCDR/CTP/DMC/DRT/ENATUR/ICAO/ICCA/ICN/INAC/INE/IPDT/IPM
/IPPAR/MAOTDR/MEI/NUT/PALOP/PENT/PIB/PIT/PROT/PROZEA/QREN/R&D/
RevPAR/TURIHAB/UNESCO/UNWTO/ZTI 




quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Módulo_1


Curso Profissional de Técnico de Turismo
Operações Técnicas em Empresas Turísticas (OTET) – 10.º Ano - Módulo n.º 1 – As empresas turísticas – Tipologia - 32 Tempos
Neste módulo, pretende-se que o aluno adquira conhecimentos acerca da organização e tipologia das empresas que operam na atividade turística. O objetivo é que o aluno se familiarize com os diferentes tipos de intervenção de cada uma, a sua tipologia, características e especificidades da atividade que desenvolvem, numa perspetiva de otimização do conceito subjacente às exigências de conhecimento profundo deste setor que um técnico de turismo, com o perfil que pretendemos construir, deve ter no final da conclusão desta formação técnica.
Objetivos de Aprendizagem

Compreender a importância da segmentação do mercado turístico;
Identificar as empresas turísticas e conhecer as suas áreas de intervenção específicas;
Definir o âmbito e o enquadramento legal das mesmas;
Analisar a transversalidade da atividade turística nas suas várias componentes;
Reconhecer os sinais e as características que poderão tornar uma empresa de serviços, numa empresa de utilidade turística.
Âmbito dos Conteúdos

1. As empresas turísticas
1.1. Tipologia e classificação quanto ao segmento de mercado em que se enquadram
1.2. Tipologia dos serviços prestados
1.2.1. Operadores turísticos
1.2.2. Transportadoras Aéreas e Ferroviárias
1.2.3. Agências de Viagens
1.2.4. Unidades Hoteleiras e de alojamento turístico
1.2.5. Empresas de Organização e Gestão de Eventos
1.2.6. Empresas de Animação Turística e empresas de turismo ativo

1 – As empresas turísticas
A concorrência no mercado do lazer, recreio e viagens é muito forte e as empresas turísticas que pretendam ter sucesso nesta área devem focalizar a sua ação nas necessidades dos clientes, tendo sempre presente a prestação dos serviços de acordo com os mais elevados padrões de qualidade.
Para alguns o turismo é visto como uma ‘indústria’ que gera emprego e dinheiro, para outros o turismo traz a destruição do estilo de vida tradicional, estimula relações de exploração e a grande dependência de uma atividade instável e sazonal.
Na realidade nenhuma das duas perspetivas é uma vertente absoluta, pois a complexidade e a abrangência da área é tão grande que nem tudo pode ser positivo nem tudo pode ser negativo. As empresas turísticas não podem ter uma visão redutora das suas atividades.
De um ponto de vista mais positivo, entende-se o turismo como uma indústria de grandes benefícios, um agente de mudança económica e social que estimula o emprego e o investimento, modifica o uso da terra e a estrutura económica das regiões e dos países, contribuindo para a Balança de Pagamentos dos países recetores e para a economia em geral.
A conceptualização pessimista entende o turismo como um acelerador das desigualdades, que divide as comunidades e não as faz crescer de uma maneira sustentável, quer do ponto de vista social, quer ambiental, quer político ou económico.
A realidade mostra que a indústria do turismo é, atualmente, uma das atividades que apresenta os mais elevados índices de crescimento no contexto da economia mundial.
As empresas turísticas, desde a década de 90 do século XX, têm vindo a conhecer um meio caracterizado por três fenómenos principais:
O processo de globalização;
O ambiente de incerteza;
A importância crescente da competitividade para o sucesso e mesmo para a sobrevivência da empresa.
A indústria turística, tal como muitos outros serviços, têm as seguintes características:
Intangibilidade: os serviços são imateriais. Ao contrário dos produtos, não podem ser manuseados, vistos, sentidos, ouvidos ou cheirados antes da compra;
Inseparabilidade: os serviços são produzidos e consumidos em simultâneo;
Heterogeneidade: os serviços são muito variáveis. Dependem de quem os presta onde são prestados;
Perecibilidade: os serviços não podem ser armazenados.
Os serviços turísticos têm características específicas:
Custo elevado: o preço dos produtos turísticos é relativamente elevado. Ir de férias pode ser a compra mais importante e dispendiosa do ano;
Sazonalidade: picos de procura sobretudo no verão;
Interdependência: a indústria do turismo é composta por vários setores que dependem uns dos outros;
Impacto na sociedade: a indústria do turismo provoca impactos positivos e negativos, de ordem económica, sociocultural e ambiental significativos no destino, embora não deixe de afetar também as áreas emissoras;
Estão sujeitos a efeitos de choques externos: o turismo é muito afetado por acontecimentos dramáticos que estão fora do controlo dos seus gestores. Guerras, tempestades, ataques terroristas, poluição, acidentes, publicidade adversa têm um efeito rápido e negativo na evolução dos negócios.
A atividade turística necessita da atuação do setor privado quando se pensa na implantação de empreendimentos turísticos, restaurantes, agências de viagens ou operadores turísticos, empresas de turismo ativo ou organizadoras de eventos.
Entretanto, existem também outros atores muito importantes. Os detentores da cultura local, ou seja, a comunidade que é um parceiro central, pois é este que conviverá com o fluxo turístico e seus impactos.
Outros potenciais intervenientes são as associações e organizações de cunho social e ambiental que poderão auxiliar nas discussões sobre as alternativas para a inclusão social e utilização sustentável dos recursos naturais, culturais e outros.
A comunidade científica deve participar também na atividade turística desenvolvendo o trâmite metodológico e a investigação corretos.
O setor público é outro ator importante, a quem cabe orientar a atividade pautando as reflexões de cada momento e compor o processo com a implementação, isoladamente ou em parceria, das ações planeadas de promoção, regulamentação, fiscalização, etc.
Neste contexto surge a “Declaração de Utilidade Turística” – é uma qualificação atribuída a determinados empreendimentos turísticos e outros com relevância para o setor do turismo.
Trata-se de um instrumento que, entre outras vantagens, permite aos proprietários e promotores dos empreendimentos terem acesso mais facilitado a benefícios fiscais.
Esta classificação funciona como um incentivo ao investimento no turismo, com destaque para os empreendimentos de categoria superior.

CONSULTAR O ESQUEMA INCLUÍDO NO MANUAL
Links:

1.1. Tipologia e classificação: enquadramento no segmento de mercado 
Entende-se como empresa turística a que produz uma qualquer espécie de prestação de serviços/material direcionada diretamente para as necessidades dos turistas e que, durante a distribuição desses bens e/ou serviços, entra em contacto direto com eles.
As necessidades dos turístas são múltiplas, as empresas de turismo assumem maior ou menor importância para cada um deles consoante o grau de satisfação que estas proporcionam.
A indústria de turismo atravessa um boom (expansão) económico, originando um elevado número de empresas em diversos segmentos de mercado, de acordo com a tipologia dos serviços prestados.
Classifica-se como oferta turística a totalidade dos bens e serviços adquiridos pelos turistas, por isso, classifica-se como produto turístico total, o conjunto de subprodutos, como por exemplo: transporte, hotelaria, restaurantes, aniversão/diversão, souvenirs, seguros, catering, etc.
Qualquer turista quando viaja consome direta ou indiretamente uma enorme variedade de bens e serviços, os quais são produzidos e comercializados, por uma enorme gama de empresas, com características muito peculiares e variadas.
O termo comum de “indústria turística” à semelhança de qualquer atividade económica, porque engloba uma enorme variedade, torna-se difícil classificar como uma verdadeira indústria, visto que todo o conjunto de bens e serviços adquiridos pelos turistas têm origem num vasto número de atividades promovidas por empresas pertencentes a setores muito diversificados, na maior parte dos casos sem qualquer conexão direta entre si.
Há, no entanto, algumas empresas que se dedicam na exclusividade ao turismo, como por exemplo: alojamento, operadores turísticos, agências de viagens, transportes e outros, em relação aos quais se pode falar em indústria na verdadeira aceção  da palavra, melhor dizendo, na indústria hoteleira, ou ainda em, indústria dos transportes.
Existem também algumas atividades ligadas ao turismo que não se pode designar genericamente como indústria turística, pois apresentam apenas um elo de ligação que é o facto de serem objeto de uma procura ou de um consumo turístico e, apesar disso, apresentarem um grau de concentracção muito grande, como por exemplo: o golfe, os parques naturais, os bares, os museus, os monumentos, o artesanato ou os transportes.
Há três tipos de atividades ou negócios ligados ao setor do turismo, que apresentam, simultaneamente, níveis diferentes: primários, secundários e terciários.
Primários consideram-se os negócios de turismo que englobam os meios para a realização das viagens, os sistemas de suporte e os argumentos para viajar, neles se inclui a organização dsas viagens, os transportes, o alojamento, o fornecimento de refeições e as atrações turísticas;
Secundários são os negócios que beneficiam diretamente das compras dos turistas, geralmente no destino, como por exemplo: os seguros, os bancos, os serviços pessoais (cabeleireiros, limpeza) ou as lojas comerciais;
Terciários são os negócios cujo benefício resulta indiretamente dos gastos/consumos dos turistas, tais como: serviços públicos, publicidade, fornecimento de combustíveis.

Existe uma variada tipologia de serviços prestados ligados ao turismo.
Pode-se mesmo afirmar que a “indústria de turismo” é de longe a área que apresenta o maior crescimento mundial. Engloba diversificadamente atividades, tais como:
Agências de viagens;
Operadores turísticos;
Hotelaria;
Restauração;
Catering;
Aviação;
Rent-a-car;
Animação Turística;
Etc.
Consultar o quadro seguinte no manual fornecido (três tipos de negócios de turismo):

 
A tipologia de empresas turísticas caracteriza-se por apresentar uma gama diversificada de empresas associadas quer à produção e distribuição de grande variedade de produtos e serviços, quer a uma grande diversidade de clientela, das quais se destacam:
Tipo A: empresas hoteleiras e similares (alojamento e restauração);
Tipo B: empresas de transporte coletivo (autocarros, comboios, aviões, cruzeiros, aluguer de automóveis);
Tipo C: agentes organizadores de viagens (agências de viagens – retalhistas e os operadores turísticos – grossistas);
Tipo D: empresas de animação turística, informação.
 
1.2. Tipologia dos serviços prestados
1.2.1. Operadores turísticos
Em inglês a designação de operadores turísticos é conhecida por “tour operator”, que corresponde a um organizador e distribuidor grossista de serviços turísticos.
Entende-se genericamente um operador turístico como um “agente que adquire e compatibiliza meios de transporte, alojamento e outros serviços, elaborando com eles um produto/pacote (package) que é colocado à venda por uma rede de agentes retalhistas”.
Num conceito mais amplo os operadores turísticos (agências turísticas) “são organizadores de viagens de grupo ou coletivas, que combinam diferentes bens e serviços adquiridos aos respetivos produtores. Organizam produtos turísticos acabados, preparados mesmo antes que a procura se manifeste, que vendem através da sua rede própria de distribuição ou por intermédio de agências de viagens”.
Estas empresas são de empresas turísticas comerciais especializadas quer na organização quer na venda de viagens em grupo por sua conta e risco.  São diferentes, no entanto, dos agentes de viagens pois fundamentalmente intervêm na comercialização de produtos turísticos a retalho.
Os operadores quando organizam uma viagem, adquirem aos produtores, os serviços que integram a viagem por um dado preço e combinam estes serviços num pacote (package) e vendem-no a um preço final que cobre todos os serviços.
Geralmente podem oferecer ao público preços mais baixos do que aqueles que o turista comprador obteria se em termos individuais comprasse o transporte, as transferências entre o aeroporto e o estabelecimento de alojamento (transfers), as visitas, o alojamento, as refeições, porque compra esses serviços em grandes quantidades e por isso obtém um maior desconto e/ou melhores comissões.
Na maior parte todas as organizações oferecem pacotes de viagem sob a sua responsabilidade e risco e depois vendem quer diretamente quer através de retalhistas, desde que sejam considerados como operadores. Existem vários tipos que integram a indústria de grossistas:
Operadores independentes;
Companhias aéreas que trabalham em cooperação com um negociante de viagens por grosso;
Agentes de viagens a retalho que organizam pacotes para os seus clientes;
Operadores de viagens de autocarros;
Empresas organizadoras de viagens de incentivo;
Clubes de viagens.
A atividade principal dos operadores está vocacionada para a criação de viagens organizadas que se caracterizam como sendo aquelas que obedecem a um programa detalhado que compreende um conjunto mais ou menos alargado de prestações turísticas, por um preço fixo determinado à partida, identificado por: inclusive tour.
Principais elementos que constituem estas viagens são:
Organização prévia: o pacote é determinado pelo operador antes de os clientes se manifestarem sendo eles que escolhem o destino, o meio de transporte, os meios de alojamento, bem como o modelo e tipo de acompanhamento (com guia, sem guia, com guia em parte de viagem);
Conjunto de prestações: são variados os serviços oferecidos de pacote para pacote. Podem incluir o transporte, as transferências, o alojamento, refeições, visitas, espetáculos, tratamentos (por exemplo em termas ou em SPA), atividades desportivas. Geralmente, as mais conhecidas incluem, o transporte, o alojamento, as transferências e algumas visitas;
Preço fixo: o preço é à partida fixado pelo operador para o conjunto do pacote e fixado antecipadamente, englobando todos os serviços que o mesmo contempla e é pago antes da partida;
Datas de partida e de chegada fixas: a duração do programa é fixada com a sua publicação pelo que as datas de partida e de chegada são fixadas com antecedência (dia e hora) não podendo, em regra, ser alteradas. Se, no entanto, isso for possível, sofrem sempre uma penalização no preço.
Alguns exemplos de operadores turísticos:

1.2.2. Transportadoras Aéreos e Ferroviárias
Hoje em dia pode-se considerar que as empresas de transporte aéreo e ferroviário têm vindo cada vez mais a assumir um papel relevante no que respeita a distâncias mais longas.
Transporte aéreo
É o meio de transporte que mais tem vindo a crescer relativamente ao conjunto dos transportes públicos. Pode-se considerar que até 1936 a sua evolução foi lenta. Só a passados 20 anos é que se deu o grande salto qualitativo e quantitativo com a redução dos custos das tarifas aéreas e a nível da produção das aeronaves. Esta evolução estimulou fortemente a procura do transporte aéreo, derivado à sua rapidez, comodidade e segurança. A maioria das companhias eram estatais ou pelo menos o Estado detinha a maioria do seu capital, motivo pelo qual as políticas aplicadas foram essencialmente protecionistas. No entanto, este cenário, mudou mas as companhias de bandeira continuam a ser ainda as mais importantes como prestadores destes serviços. Como exemplo temos:
Relativamente aos voos regulares estes realizam-se em rotas específicas e conforme os horários publicados e são obrigados a levá-los a cabo independentemente de qual seja a sua taxa de ocupação necessária para conseguir cobrir os custos (load fator).
 As companhias regulares operam com rotas delineadas, por um tempo determinado, de forma regular, com horários fixos e publicados, só poderão ser alterados com a concordância das autoridades aeronáuticas dos países envolvidos. Realizam voos quer domésticos, quer internacionais, para as quais obtiveram autorização dos governos ou Estados envolvidos. Estes serviços podem ainda ser do tipo público ou privado.
Contrariamente aos ditos voos regulares, os serviços charter podem ser cancelados se a procura for insuficiente. São utilizados, essencialmente, nos períodos de férias porque fazem parte de um inclusive tour. Os voos charter operam em curta, média e longas distâncias, mas a sua maior concentração é em voos de pequena distância e por motivo de férias. 


Ø  Transporte ferroviário
O aparecimento das ferrovias teve início na Inglaterra, no início do século XIX, com a aplicação do princípio das máquinas a vapor às locomotivas. Em 1850 já havia ferrovias, nas proximidades de Londres, onde as locomotivas se deslocavam a mais de 70km/h, velocidade considerada na época muito elevada. Rapidamente as ferrovias se espalharam e, em 1869, os Estados Unidos inauguraram sua primeira ferrovia transcontinental, a maior do mundo na época.
Atualmente as ferrovias se encontram em todos os continentes, e a tecnologia moderna permite alta eficiência e velocidade a esse meio de transporte. De modo geral, podemos afirmar que o transporte ferroviário, em quase todo o mundo, vem sendo considerado antiquado e decadente, e com isso, o volume de carga transportado pelo mundo vem decaindo, ano após ano.
O transporte ferroviário é o ideal para o transporte de mercadorias pesadas e que necessitam percorrer longas distâncias. Seus maiores problemas são a dificuldade de percorrer áreas com declives e altitudes acentuadas e a necessidade de reembarcar a mercadoria em camiões para entregá-las na porta do consumidor, pois os comboios não têm a possibilidade de sair de seus trajetos.
Salvo indicação em contrário, excluem-se os transportes ferroviários urbanos e suburbanos, bem como os transportes por metropolitano (subterrâneos), que não pertençam à rede nacional principal e que não sejam organizados pela empresa de caminho de ferro principal.

INFRAESTRUTURA
01. caminho de ferro
Via de comunicação por carril para utilização exclusiva dos veículos ferroviários.
02. Metropolitano
Caminho de ferro elétrico para o transporte de passageiros com capacidade para tráfego muito intenso e caracterizado por direitos exclusivos de passagem, composições com várias carruagens, alta velocidade, aceleração rápida, sistemas de sinalização sofisticados, e pela ausência de passagens de nível, para permitir uma frequência elevada de comboios e uma grande ocupação dos cais. O metro caracteriza-se ainda pela elevada quantidade de estações, normalmente a intervalos de 700 m-1 200 m.
A “alta velocidade” define-se por comparação com a de elétricos e metro ligeiro, e significa neste caso cerca de 30-40 km/h, nas distâncias mais curtas, e 40-70 km/h, nas mais longas;
03. Metro ligeiro
Caminho de ferro para o transporte de passageiros que utiliza frequentemente carruagens elétricas sobre carris, as quais funcionam isoladamente ou em comboios curtos, em linhas duplas fixas. A distância entre as estações/paragens não ultrapassa geralmente os 1 200 m.
Comparado com o metro, o metro ligeiro é de construção mais ligeira, concebida para volumes mais pequenos de tráfego e velocidade inferior. Por vezes é difícil distinguir com precisão entre metro ligeiro e elétrico; o elétrico não está normalmente separado do tráfego rodoviário, enquanto o metro ligeiro pode estar separado dos restantes sistemas.
04. Rede de caminho de ferro
Todos os percursos de caminho de ferro de uma área determinada.
Excluem-se os percursos por estrada ou água, ainda que os veículos ferroviários possam ser transportados por tais vias, por exemplo em reboques para o transporte de vagões ou em "ferry-boats". Excluem-se as linhas de interesse apenas turístico, de utilização sazonal, tal como as linhas ferroviárias construídas exclusivamente para servir minas, florestas ou outras atividades industriais ou agrícolas, não se encontrando abertas à circulação pública.
05. Via
Par de carris sobre os quais podem circular veículos ferroviários.
06. Bitola
Distância entre um par de carris, medida entre as extremidades interiores das cabeças dos carris
As bitolas usadas são as seguintes:
Via normal: 1,435 m
Via larga: 1,524 m (VR, SZR)
1,600 m (CIE, NIR)
1,668 m (RENFE, CP)
Via reduzida: 0,60 m, 0,70 m, 0,75 m, 0,76 m, 0,785 m, 0,90 m, 1,00 m
07. Gabari
Perfil sobre os carris através do qual os veículos ferroviários devem poder passar.
Principais categorias: A, B, B+ e C.
08. Via principal
Via que assegura a continuidade de uma linha de uma ponta a outra, utilizada para circulação de comboios entre estações ou locais indicados nas tarifas como pontos independentes de partida ou de chegada, para o transporte de passageiros ou de mercadorias.
09. Via eletrificada
Via com um fio de contacto aéreo ou com carril condutor, para permitir a tração elétrica.
10. Vias de junção
Bifurcações de uma via principal.
O comprimento das vias de junção inclui-se no comprimento das vias quando aquelas fazem parte do sistema de caminho de ferro considerado, excluindo-se as vias de junção privadas.
11. Via de junção privada
Via ou conjunto de vias que não pertencem à empresa de caminho de ferro, mas se encontram ligadas à via de uma empresa de caminho de ferro, permitindo servir, sem necessidade de transbordo, um estabelecimento ou grupo de estabelecimentos industriais, comerciais ou portuários.
12. Linha
Uma ou mais vias principais adjacentes constituindo um itinerário entre dois pontos. Sempre que uma secção da rede inclui duas ou mais linhas de circulação paralelas, contabilizam-se tantas linhas quantos os itinerários aos quais as vias são exclusivamente afetadas.
13. Linha dedicada à grande velocidade
Linha especialmente construída para permitir circular a velocidades geralmente iguais ou superiores a 250 km/h sobre os segmentos principais.
14. Comprimento médio de linha explorada
Comprimento da linha utilizada para tráfego durante o ano considerado (incluindo as linhas exploradas conjuntamente com outras empresas de caminho de ferro) mais o comprimento médio das linhas abertas ou fechadas durante o ano (ponderadas em função do número de dias durante os quais foram exploradas).
O comprimento total da linha explorada corresponde ao comprimento explorado para o transporte de passageiros ou de mercadorias, ou de ambos. Quando uma linha for explorada simultaneamente por várias empresas, só será contada uma vez.
15. Linha eletrificada
Linha com uma ou mais vias de circulação eletrificadas.
As secções das linhas adjacentes às estações que sejam eletrificadas apenas para permitir um serviço de manobras e não eletrificadas até às estações seguintes devem ser contadas como linhas não eletrificadas.
16. Tipos de corrente elétrica
Os tipos de corrente elétrica utilizados são os seguintes:
-- Corrente alterna 25 000 V, 50 Hz
15 000 V, 16 2/3
3
Hz
-- Corrente contínua 3 000 V
1 500 V
750 V
660 V
630 V
17. Velocidade máxima de exploração
Velocidade máxima autorizada em serviço comercial, tendo em conta as características técnicas da infraestrutura.
Consultar os seguintes links:

1.2.3. Agências de Viagens
Consultar a página 10 do manual.

1.2.4. Unidades Hoteleiras e de alojamento turístico
Para as Unidades Hoteleiras consultar os seguintes links:
Para as Unidades de alojamento turístico consultar os seguintes links:

1.2.5. Empresas de Organização e Gestão de Eventos
O significado da palavra “evento” é, hoje em dia, entendido como uma celebração de um acontecimento especial, uma vez que, quando falamos em evento estamos a falar de um marco propositado, planeado e organizado.
No entanto, falar de evento também pode ser falar de um simples jantar de Natal, um convívio de uma empresa ou uma pequena festa de um infantário. Estes acontecimentos têm em comum com um festival internacional de música, por exemplo, o facto de serem, na sua essência, eventos.

     Classificação de eventos

Os eventos acabam por apresentar características singulares, mas também possuem semelhanças, uma vez que os princípios básicos e as técnicas práticas gerais acabam por se aplicar a todos.

Micro evento

Não exige nenhum recurso financeiro e logístico característico, é orientado para um público muito específico e o seu número de participantes não ultrapassa em muito as 100 pessoas (por exemplo: jantar de curso, uma festa privada, um convívio de uma pequena associação)
           
            Pequeno evento

Existe a consideração de promoção de algo mais significativo para a organização ou o público aderente, pode incluir a participação de entidades ou promotores locais. A participação pode variar entre as 100 pessoas e as 500 pessoas.

Médio evento
Existe um maior empenho na sua divulgação (principalmente a nível regional, uma vez que não faz sentido apostar a máxima divulgação em zonas distantes da área de realização do evento. Há um maior investimento a nível logístico e engloba um público mais diversificado. O número de participantes pode variar entre os 500 e os 3 000 indivíduos.

Grande evento

Há um forte crescimento de investimento financeiro na sua organização, implica uma grande dimensão e uma máquina logística bastante pesada. A divulgação ganha relevo ganha relevo à escala nacional e, por vezes, pode atingir outros países (por exemplo, o festival de música de Vilar de Mouros, Estoril Open, Fantasporto. O número de participantes pode variar entre os 3 000 e os 80 000 indivíduos.

Mega evento

A sua preparação implica uma operação de preparação que atinge vários meses ou mesmo anos. Por exemplo a campanha à volta da Seleção Nacional após o Euro 2004, a transformação ribeirinha de Lisboa após a Expo 98 ou ainda, o impacto da Casa da Música sobre a população após o Porto 2001. O número pode variar entre os 100 000 e os muitos milhões de indivíduos.

Tipologia de eventos

Os vários tipos de eventos existentes permitem fazer uma divisão mediante as suas características e particularidades. Existem nove tipos de eventos:
a)      Culturais
a.       Festival de música
b.      Festival de teatro
c.       Festival de cinema
d.      Exposições de arte
e.       Lançamento de livros
f.       Festival de folclore
b)      Técnicos-científicos
a.       Congresso
b.      Conferência
c.       Convenção
d.      Fórum
e.       Seminário
f.       Simpósio
c)      Desportivos
a.       Campeonatos de futebol
b.      Combate de boxe
c.       Provas de atletismo
d.      Circuito de golfe
e.       Regatas
d)     Técnicos e de Lazer
a.       Excursões
b.      Feira de campismo e lazer
c.       Programas de visita
d.      Feiras medievais/recriações históricas
e)      Religiosos
a.       Romarias
b.      Festas em honra de santos
c.       Missas
d.      Encontros em espaços religiosos
f)       Comerciais/Industriais
a.       Feira de franchising
b.      Exposições
c.       Stockmarkets (roupa e acessórios de moda)
d.      Festivais gastronómicos
e.       Feira de indústria e comércio têxtil
f.       Feira de artesanato
g)      Políticos
a.       Cimeiras
b.      Congressos partidários
c.       Debates
d.      Inaugurações
e.       Tomadas de posse
f.       Lançamento da primeira pedra
h)      Sociais
a.       Baile de debutantes
b.      Cocktail
c.       Festas privadas
d.      Angariação de fundos
i)        Diversos
a.       Mostra de inventos
b.      Jornada
c.       Follow-up
d.      Meeting
e.       Concursos

Exemplos de alguns eventos:

1.2.6. Empresas de Animação Turística e empresas de turismo ativo

Os processos de desenvolvimento têm conduzido as diferentes regiões do território português para duas situações que podem ser extremas e ambas problemáticas: de multiplicação de atividades económicas remunerativas associadas a grandes densidades de população, de êxodo populacional, geralmente associado às zonas rurais, devido à falta de fontes de rendimento.
O setor do turismo tem estado associado a estes processos mas, mais recentemente, decisores políticos, investigadores, investidores e outros setores de população vêm tomando consciência das potencialidades deste setor, em parte devidas a algumas mudanças na sua procura, para a revitalização dos espaços em declínio.
Entre as condicionantes que impendem sobre um mais eficaz aproveitamento turístico das potencialidades destes territórios, é frequentemente invocada a falta de fatores de ocupação, e, como tal, de “retenção”, dos visitantes e até da população local nos seus tempos livres, isto é, de atividades de animação.

O setor da animação turística e recreativa no contexto da região duriense. Tendo em conta o exemplo de uma vasta área geográfica correspondendo aproximadamente às regiões do Douro Vinhateiro e Douro Superior.
Trata-se de uma zona rural do interior marcada por alguma desertificação. A agricultura, que, em grande parte do território, é essencialmente dominada pela atividade vitícola, tem um elevado peso na economia, contribuindo ainda para moldar o património cultural, edificado e natural existente.
Procurando valorizar esse património, o turismo vem adquirindo uma crescente importância. Numa fase inicial, tal materializou-se essencialmente no investimento em alojamento e restauração. Mais recentemente, verifica-se o surgimento de diversas Empresas de Animação Turísticas sediadas na região. Consular por exemplo:

            Exemplos de alguns eventos: